Após focos no PA, reforço no combate à mosca da carambola no AP é mantido para 2019


Frutos foram encontrados infectados no Pará e deixaram Amapá em alerta. Preocupação é com prejuízos na exportação dos estados. Mosca da carambola é uma praga quarentenária que pode causar prejuízos à agricultura brasileira Danilo Nascimento/Embrapa/Reprodução A Agência de Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) promete continuar com o reforço na fiscalização nas estradas, aeroporto, e portos das cidades de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, principalmente nos portos do Sul do estado. Os focos da mosca da carambola encontrados nas cidades de Melgaço e Breves, no Pará, no fim de 2018, deixaram o estado do Amapá em alerta desde então. Por lei, produtores do estado não podem exportar os frutos hospedeiros da mosca como a acerola, goiaba e a própria carambola. A grande maioria desses alimentos vêm do estado do Pará. A preocupação é maior nos portos, como o Igarapé das Mulheres, por onde chegam pelo Rio Amazonas, diariamente, dezenas de embarcações com os frutos. A campanha de fiscalização tem caráter educativo. O diretor da Diagro, José Renato Ribeiro, alerta para o risco dos frutos oriundos das regiões fronteiriças. O estado do Amapá faz fronteira com países que têm alta incidência da mosca da carambola e, caso o inseto chegue em áreas produtoras de frutas, como o Sul, Sudeste e Nordeste, o prejuízo econômico para o país seria catastrófico. "Na região Norte, em que nós temos aqui perto a Guiana francesa e o Suriname, que são países que têm uma incidência muito alta dessa mosca, se essa mosca tomar proporções maiores em outros estados da federação produtores de frutos, o impacto econômico é muito grande na exportação", alertou. O diretor da Diagro, José Renato Ribeiro, alerta para o risco dos frutos oriundos das regiões fronteiriças Rede Amazônica/Reprodução O escambo desses produtos, potencialmente contaminados, gerou preocupação entre os governos do Pará e Amapá, que resultou em uma reunião entre os poderes públicos desses estados para que a fiscalização fosse intensificada. Como o efetivo da agência de inspeção não consegue fiscalizar todas as portas de saída do estado, a solução para evitar a proliferação do contágio dos frutos pela mosca da carambola é a conscientização da população e dos produtores em outros estados. "É uma coisa cultural sair daqui do Amapá e levar uma manga para o Pará. Lá tem muita manga também, mas assim as pessoas podem, acidentalmente, carregar um fruto com um inseto desses. Uma vez instalado, ele é um controle muito caro para o estado e para o país", completou o diretor da Diagro. Fiscalização é intensificada em portos do AP para combater contaminação de mosca da carambola Rede Amazônica/Reprodução Em 2018, 574 quilos de frutas e verduras com suspeita de hospedarem a mosca da carambola foram apreendidos em portos e aeroportos da capital e de Santana. O inseto, que veio da Ásia, entrou no Brasil pela Guiana Francesa e Suriname nos anos de 1996. Para evitar esse dano econômico, a Diagro reforça que as pessoas não devem transportar frutas entre os estados. Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o Tô Na Rede!

from G1 https://glo.bo/2UpYisf
via IFTTT