Le Ministre mécontent de l'état de la route BR 156

“Alex. [...] Va parler au secrétaire. Envoie un responsable du DNIT dans l'État de l'Amapá”.

La phrase est amicale, mais ferme, et révèle le mécontentement du Ministre des Transports, Paulo Sérgio Oliveira Passos quant à la situation de la route nationale BR 156 dans l'État de l'Amapá. Il l'a prononcée lors de l'audience du gouverneur récemment élu, Camilo Capiberibe, et du député fédéral, Sebastião Bala Rocha (PDT) le 24 novembre dernier.

Le Ministre était au téléphone avec le Coordinateur Général de la Manutention et de la Restauration des Routes du Département National des Infrastructures et du Transporte – DNIT, Alex Peres Mendes Ferreira. Il venait de confirmer avec des techniciens du ministère que les ressources mises à la disposition du Gouvernement de l'État de l'Amapá pour les travaux de récupération de la BR 156 n'étaient pas utilisées. […]

Les travaux pour refaire 409 kilomètres de la BR 156 ont été délégués au Gouvernement de l'Amapá, avec 51,2 millions de reais du Ministère des Transports, mais aucun "centavo" n'a été appliqué jusqu'à maintenant. […] Le ministre a montré son mécontentement sachant que les pluies s'intensifient et que la route n'a pas été refaite, alors que les fonds sont disponibles. [...]

Trois nouveaux tronçons de la route, entre Calçoene et Oiapoque ont été contractualisés récemment, pour un montant de 266 millions de reais. Les financements sont du DNIT reversés au Gouvernement de l'Amapá. Les travaux seront réalisés par les entreprises CR Almeida, Egesa et JMterraplenagem e Construções, qui ont deux ans pour les terminer.


Source : http://www.correaneto.com.br

Traduction : www.charlectraduction.com

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Ministro se irrita com situação da BR 156  

Brasília, 24/11/2010 – “Alex, aperta isso, por gentileza. Vai conversar com o secretário. Manda um servidor do DNIT para o Amapá”. A afirmação gentil, mas dura, revelava o descontentamento do ministro dos Transportes Paulo Sérgio Oliveira Passos com a situação da BR 156 no Amapá. Foi dita durante a audiência ao governador eleito Camilo Capiberibe e ao deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT) nesta quarta, 24. O ministro estava ao telefone com o Coordenador Geral de Manutenção e Restauração Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT Alex Peres Mendes Ferreira. Acabara de confirmar com os técnicos do Ministério que os recursos colocados à disposição do Governo do Estado do Amapá para obras de recuperação da BR 156 não estavam sendo executados. A mesma informação que deixara insatisfeito, terça, 23, o diretor geral do DNIT Luiz Antônio Pagot, para quem “as estradas no Amapá não estão bem e isso repercute [mal] até na imagem do DNIT”.

As obras de recuperação de 409 quilômetros da BR 156 foram delegadas ao Governo do Amapá, junto com R$ 51,2 milhões do Ministério dos Transportes, mas nenhum centavo foi aplicado até agora. A Secretaria de Transportes – SETRAP alega que é exigida a contratação de uma empresa para a supervisão da obra, mas o convênio não previu recursos financeiros para esse fim, por isso, já segundo informação do DNIT, o Governo do Estado sequer publicou os contratos.

“Supervisão não é problema. Coloca pessoal do próprio órgão”, rebateu o ministro, que mostrou descontentamento ao saber que as chuvas estão se intensificando e a rodovia não foi recuperada, apesar do dinheiro estar disponível. Pouco antes, o governador eleito havia revelado que sua “preocupação é que não foi feito [o trabalho de recuperação] e não queremos que o Oiapoque fique isolado”. O protesto contra a má situação da BR 156 durante o qual foi queimada a ponte próxima a Oiapoque, dia 13 passado, foi lembrado durante a audiência.

Três novos trechos da rodovia, entre Calçoene e Oiapoque foram contratados recentemente pelo montante de R$ 266 milhões. Os recursos são do DNIT repassados ao Governo do Amapá. As obras serão executadas pelas empreiteiras CR Almeida, Egesa e JMterraplenagem e Construções, que têm dois anos para concluírem as obras.

Confiança – O descrédito no qual caiu o Governo do Estado do Amapá nos últimos anos ficou mais claro quando o governador eleito Camilo Capiberibe pediu ao ministro Passos que a construção do trecho sul da BR 156 fosse retornasse à Secretaria de Transportes do Amapá, conforme fora o projeto original de execução. “O senhor me desculpe, governador. Mas vou pedir que o senhor combine isso com a presidenta [Dilma Rousseff], ano que vem. Quando colocamos uma obra no orçamento é prá ser feita. Não é prá que fique no papel. Tivemos muita dificuldade no Amapá. Fizemos várias reuniões, chamamos o governador, chamamos o secretário, chamamos o Pagot… mas não adiantou. O presidente Lula fica irrequieto, nos cobra. Queremos que a coisa caminhe e caminhe prá valer, mas essa levou tanto tempo. Não queremos ter dor de cabeça nem pro estado prá nós. Por isso o Governo Federal puxou a obra para o DNIT”. Desde 2004 o DNIT pedia a atualização dos dados referentes à distância das jazidas de pedras que serão usadas no piso da rodovia e dos cálculos de movimentação de terra que integram o projeto básico do trecho sul da BR 156, mas o governo não providenciou e sequer o projeto executivo foi elaborado. O governador eleito insistirá para que a obra seja retomada pelo governo do estado mas pediu ajuda ao Ministério dos Transportes já que, segundo ele, os cofres estaduais estão deficitários e não terão recursos para contratar o projeto executivo. O ministro ofereceu ajuda: “Manda uma proposta de convênio para o DNIT”.

Durante a audiência a perspectiva de um novo cenário para o Amapá foi se firmando. “Nós queremos recuperar a credibilidade do Amapá para obras em parceria com o Governo Federal. Temos vários desafios e a sociedade nos impôs essas realizações. É isso que vamos fazer”, afirmou o governador eleito. “Tem que reorganizar e reestruturar as coisas para elas funcionarem”, apoiou o ministro.

Ponte – Passos está planejando uma viagem ao Amapá ainda antes da inauguração da ponte sobre o rio Oiapoque, entre o Brasil e a Guiana Francesa. A conclusão da obra está prevista para março ou abril do próximo ano, segundo o ministro. Esperava-se que a ponte binacional fosse inaugurada ainda pelo presidente Lula.

“O primeiro contato para a construção da ponte internacional sobre o rio Oiapoque iniciou no governo de João Capiberibe, com os presidentes Fernando Henrique Cardoso e François Mitterrand (França), em 1996”, lembrou o governador eleito, Camilo Capiberibe.

Os coordenadores da equipe de transição Juliano Delcastilo Silva e Edson Valente acompanharam a reunião.

Sizan Luis Esberci  
Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe – PSB/AP  
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