Bolsonaro participa de reunião com representantes de sete países que integram a Amazônia

O presidente disse que a região é criticada de forma injusta por causa do interesse econômico dos outros países. Bolsonaro participa de reunião com representantes de sete países que integram a Amazônia O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta terça-feira (11), de uma reunião com representantes de sete países que contêm áreas da Floresta Amazônica. Bolsonaro disse que a região é criticada de forma injusta por causa do interesse econômico dos outros países. Os presidentes dos sete países renovaram os compromissos de atuar em conjunto para proteger a Amazônia. O Pacto de Letícia foi assinado há um ano e renovado nesta terça por Brasil, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Guiana e Suriname. Mais de 60% da Amazônia estão no Brasil. A Venezuela, que também tem parte da floresta em seu território, não fez parte do pacto e ficou de fora da videoconferência desta terça. O vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, reconheceu que o desmatamento cresceu no primeiro ano do governo Bolsonaro. Mas disse que o governo está se esforçando para proteger a floresta. O presidente Jair Bolsonaro disse que a política do governo brasileiro é de tolerância zero com os crimes na floresta. Nesta segunda (10), levantamento do Greenpeace mostrou que o Ibama multou apenas 5% dos proprietários de terra na Amazônia que queimaram floresta em 2019 no chamado dia do fogo. Bolsonaro afirmou que o Brasil recebe críticas por causa do sucesso do país no agronegócio. “Julho desse ano, levando-se em conta julho do ano passado, registramos diminuição de 28% no desmatamento ou queimada na região. Mas, mesmo assim, somos criticados. Afinal de contas, o Brasil é uma potência no agronegócio. Ameaças existem sobre nós o tempo todo e, lamentavelmente, alguns poucos brasileiros trabalham contra nós nessa questão. Nossa política é de tolerância zero não só para o crime comum, mas bem como para a questão ambiental. Essa história que a Amazônia arde em fogo é uma mentira”, disse Bolsonaro. Levantamento do Inpe mostra que houve uma redução do desmatamento em julho em comparação com o mesmo período de 2019, mas no acumulado em 12 meses, de agosto de 2019 a julho de 2020, houve um aumento de 34% em comparação com o mesmo período de 2019. A preocupação com a Amazônia levou líderes empresariais brasileiros da indústria, do agronegócio, do setor de serviços e de fundos de investimentos a buscar um pacto com os Três Poderes. Em julho, eles estiveram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o vice-presidente Hamilton Mourão. Nesta terça, se reuniram com ministros do Supremo Tribunal Federal. Na conversa com o presidente do STF Dias Toffoli e com o ministro Luis Roberto Barroso, a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável Marina Grossi disse que os empresários estão dispostos a fazer a parte deles, mas esperam a contrapartida do setor público "Essa é uma agenda que a liderança empresarial está dizendo da importância dela, mas é importante também que os outros poderes reconheça a importância e cada um faça a sua parte. O setor privado não tem poder de polícia para combater a ilegalidade", disse Marina Grossi, presidente do CEBDS.

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