Policia do AP aprende técnicas usadas na França que ajudam na investigação de crimes entre gangues


Aulas de perita e investigador francês capacita 30 profissionais para colher impressões digitais, material biológico e isolar cenas de homicídios. Cerca de 30 policiais civis, militares e peritos da Politec recebem treinamento especializado Ugor Feio/G1 Cerca de 30 policiais civis, militares e peritos da Polícia Técnico Científica (Politec), recebem treinamento de uma perita e um investigador da Polícia Nacional da França para atuar em casos de homicídios e feminicídios. Eles aprenderam mais sobre coleta de material biológico e impressões digitais, isolamento e captação de imagens de cenas de crimes. Aulas ocorrem até o dia 14 de junho, em Macapá. A capacitação acontece na Academia Integrada de Formação e Aperfeiçoamento (Aifa), com aulas pela manhã e tarde. Segundo explica o delegado Luiz Gomes, da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe), os agentes aprenderão mais sobre técnicas usadas na França para ajudar na investigação de crimes entre facções rivais no Amapá. "Aprendemos técnicas referentes ao uso de perícias criminais, especialmente na parte da coleta de material biológico e impressões digitais. Assim como as melhores formas de fazer o isolamento de uma cena de crime, de modo a orientar nossa investigações nesses casos de execução, tão comuns por aqui", explicou. Luiz Gomes, da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe) Ugor Feio/G1 O delegado se mostra satisfeito com o conteúdo aplicado mas alerta quanto as diferenças de realidade de atuação, principalmente quanto ao suporte tecnológico. Ele conta que o Brasil tem números recordes de homicídios, equivalentes a países que tem conflitos declarados, e pouco investimento em tecnologia. "A presença da tecnologia é essencial. Na França eles enfrentam conflitos entre gangues, com quase 60% de índice de resolução. Mas casos assim dependem de testemunhas ou suporte de câmeras nas cidades. Eles contam ainda com banco de dados genéticos, de impressões digital e criminal unificados, o que ajuda bastante", contou. No Amapá, as polícias Federal e Estadual passaram a atuar de forma integrada no combate ao crime desde o dia 15 de maio. A integração se dá através de um banco de dados com registro de ocorrências, mas ainda sem o compartilhamento de banco de impressões digitais e um banco genético. Serge Giordano, adido da embaixada da França no Brasil Ugor Feio/G1 De acordo com o adido da embaixada da França, o diplomata do país no Amapá, Serge Giordano, a concepção do projeto nasceu por conta de uma cooperação que já acontece na região de fronteira do Oiapoque com a Guiana Francesa e eles decidiram expandir para a capital. "Queremos aproximar as policias pois acreditamos que estamos integrados, ainda mais por conta dos limites territoriais das nossas fronteiras. Temos uma comunidade de 150 franceses hoje no Amapá, é importante para eles ter um resposta efetiva das polícias Civil e Militar, tanto como vítimas, como autores dos crimes", disse. As aulas ministradas pelos franceses fazem parte do projeto de capacitação feito através de acordo entre Governo do Amapá e a Embaixada da França do Brasil. O acordo orientou os órgãos acerca dos critérios para escolher os participantes e disponibilizou os professores sem ônus para o Estado. Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.

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