Fiscalização em porto de Macapá evita saída de frutas nas bagagens de passageiros; alerta para a mosca da carambola


Fiscais da Diagro concentraram ação no Igarapé das Pedrinhas neste sábado (17). Embarcações no Igarapé das Pedrinhas, em Macapá, são fiscalizadas por técnicos da Diagro Rita Torrinha/G1 Embarcações com destino a regiões do Pará, estado vizinho do Amapá, estão sob a mira da Agência de Inspeção Agropecuária (Diagro). Uma fiscalização ocorreu na manhã deste sábado (17), no Igarapé das Pedrinhas, Zona Sul de Macapá, com o objetivo de evitar que passageiros e a tripulação levem frutas na viagem, evitando assim a propagação da mosca da carambola para outros estados. Essas ações de contenção são constantes, segundo o órgão. As fiscalizações também ocorrem no aeroporto, com ações educativas e repressivas, e principalmente nos portos de Santana, Macapá e Laranjal do Jari, no sul do Amapá, que faz divisa com o Pará. O receio da expansão da praga é grande. Isso porque o Amapá é uma área de risco e o carregamento de frutos contaminados com a praga pode resultar em crise econômica para outros estados da federação. “O Pará tem uma grande produção de laranja e se alastrar para lá vai ser feito barreira, a indústria vai sofrer sério dano econômico e a laranja será impedida de sair para o resto do país. Existe uma portaria ministerial que proíbe a saída de qualquer fruta hospedeira da mosca da carambola do Amapá”, informou o auditor fiscal agropecuário da Diagro, Nilo Magalhães. Llavrador Ismael Sardinha Rita Torrinha/G1 Neste sábado, a primeira embarcação fiscalizada estava a caminho do município de Breves (PA). Todos os passageiros e a carga do transporte foram vistoriados. O lavrador Ismael Sardinha, de 23 anos, teve que abrir as bagagens, mas disse não ter se importado e considerou a ação importante. “Achei a ação boa, é bom para a gente saber mais. Eu mexo com a terra e com plantação, e pra mim é importante essas informações. Não me causou incomodo eles abrirem as minhas bagagens, até porque tem um ditado que diz: ‘quem não deve não teme’”, falou. O Amapá não é um estado exportador de frutas. Grande parte desses alimentos vem também do estado do Pará, pelo rio Amazonas, em pequenas e médias embarcações. A preocupação é a extensa área de portos, por onde chegam, diariamente, dezenas de embarcações com frutas. A mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga quarentenária que pode causar prejuízos à agricultura brasileira Danilo Nascimento/Embrapa/Reprodução A praga não ataca somente a carambola, mas também outros frutos como acerola, taperebá, tangerina, manga, goiaba, laranja, caju, tomate, jaca, jambo. Por essa razão, a fiscalização é frequente. “Essa é uma ação de rotina. Há registro da mosca da carambola em mais de 50 frutas. Esse ciclo, durante 10 anos, se a gente for fazer o histórico, veio de Oiapoque e chegou até a capital. Existe uma dificuldade geográfica de fazer a contenção, não só dessa praga como de outras. Os estados ficam em alerta constante e fazendo a contenção e fiscalização”, ressaltou o diretor-presidente da Diagro, José Renato Ribeiro. Auditor fiscal agropecuário da Diagro, Nilo Magalhães Rita Torrinha/G1 Passageiro que estiver com frutas na bagagem é orientado a entregá-las para familiares que não irão viajar ou é feita a retenção dos produtos. A fiscalização conta com o apoio da Polícia Militar. As pesquisas e o controle da mosca, com uso de defensivos ou armadilhas, são para evitar a expansão da praga pelo país. Caso o inseto chegue em áreas produtoras de frutas, como o Sul, Sudeste e Nordeste, o prejuízo econômico seria enorme. Os países compradores cortariam a relação econômica. O inseto, que veio da Ásia, entrou no Brasil pela Guiana Francesa e Suriname nos anos de 1996. Para evitar esse dano econômico fica a mensagem: as pessoas não devem transportar frutas entre os estados. Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o Tô Na Rede!

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