Observatório celeste descoberto na Amazônia

Arqueólogos descobriram num ponto remoto do Amapá o que parece ser o maior observatório astronômico do Brasil pré-colonial. O observatório é formado por 127 blocos de granito distribuídos em intervalos regulares por uma clareira, a 16 quilômetros do município de Calçoene e a 390 quilômetros de Macapá.

Para os arqueólogos, só uma sociedade com uma cultura complexa poderia ter construído o monumento. Para eles, o achado contribui significativamente para enterrar a idéia de que a Amazônia nunca abrigou sociedades desenvolvidas.

Monumento pode ter até 2.000 anos de idade

Por enquanto, é impossível precisar a idade do observatório. Mas, para os pesquisadores, ele teria entre 500 e 2.000 anos de idade. A estimativa foi baseada em fragmentos de cerâmica encontrados junto aos monolitos (blocos de pedra), alguns com três metros de altura. Porém, só com as escavações que começam agora será possível saber a idade do observatório.

A arqueóloga Mariana Petry Cabral, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), explica que o monumento era conhecido pela população local há muitos anos, mas jamais havia sido estudado. A importância dos blocos foi reconhecida quando técnicos do Iepa e da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração foram realizar um levantamento econômico da área e tiveram a atenção despertada pelo alinhamento das pedras.

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