Rapidez e socorro rápido podem evitar complicações em crianças engasgadas com pequenos objetos


Morte do pequeno Arthur, de 2 anos, engasgado com uma tampa de garrafa pet chamou a atenção para os cuidados em relação a ingestão de pequenos objetos por bebês. Especialistas explicam como agir em casos de acidentes com crianças engasgadas Para as crianças, qualquer objeto pode virar um brinquedo, incluindo pequenos itens que aparentam ser inofensivos, mas, quando engolidos por acidente, podem causar problemas de saúde ou mesmo a morte da criança. Há uma semana em Macapá, o caso do pequeno Arthur Benjamim, de 2 anos, chamou a atenção e causou grande comoção nas redes sociais. O menino estava brincando na casa do pai quando acabou engolindo uma tampa de garrafa pet e morreu minutos depois, em 7 de janeiro. Arthur foi levado com as vias aéreas obstruídas para o Centro de Especialidades Dr. Papaléo Paes, na Zona Norte de Macapá, onde havia profissionais da saúde que deram o primeiro atendimento ao menino. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também prestou socorro, mas a criança não resistiu. LEIA TAMBÉM Arthur de 2 anos morre engasgado com tampa de garrafa pet Inquérito apura causas da morte de menino Avô de menino diz não ter informações sobre o caso Especialistas da área de urgência e emergência explicam como os pais ou responsáveis devem agir em casos de acidentes com obstrução das vias aéreas por corpo estranho (ovace). Enfermeiro do Samu Donato Farias ensina a realizar manobra para desengasgar crianças Edson Ribeiro/Rede Amazônica Antes de realizar os primeiros socorros na vítima, é necessário levar em consideração dois fatores: a idade da criança e o tipo de material engolido (sólido ou semi-sólido). “A criança pequena descobre o mundo através da boca e um responsável que comprou ingenuamente um brinquedo pequeno e acaba dando para o filho, pode estar oferecendo uma arma a ele”, explicou o enfermeiro Donato Farias da Costa, coordenador estadual da Rede de Urgência e Emergência do Samu na capital. Atendimento de crianças Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBPA), cerca de 15 bebês morrem todos os dias no país em decorrência de engasgos. A obstrução das vias aéreas por aspiração de corpo estranho é o 3º lugar da lista de acidentes com morte de crianças no país. O coordenador também explica que o primeiro socorro é realizado de acordo com a idade: crianças acima de 1 ano (conscientes ou inconscientes) e bebês abaixo de 1 ano (conscientes ou inconscientes). A equipe de suporte do Samu é treinada e capacitada para atender casos de asfixia em adultos e crianças, mas é importante que as pessoas acionem a unidade imediatamente, através do número 192, para aumentar as chances de vida da vítima. “Somos chamados muitas vezes para atender recém-nascidos, em casos onde os adultos acabam rolando por cima do bebê e a criança morre asfixiada, bebês que não são colocados para arrotar corretamente depois da amamentação, além de engasgos com tampinhas e moedas”, detalha a diretora do Samu estadual, Eberenice Paula Ferreira. Responsáveis com crianças pequenas em casa devem ter a atenção redobrada, principalmente com alimentos e objetos pequenos. A professora Franciane Paixão conta que a filha tem 6 anos, mas ainda leva objetos à boca, e por isso não deixa a criança brincando sem supervisão. “Procuro não deixá-la muito tempo sozinha brincando, sempre fico olhando com o que ela está lidando, porque de vez em quando coloca alguma coisa na boca”, relata. Professora diz que a filha é sempre orientada a não colocar objetos na boca, por conta de acidentes Edson Ribeiro/Rede Amazônica Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá ASSISTA abaixo o que foi destaque no AP:

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