'É um novo mercado que se abre', diz empresário do AP em fórum de negócios com guianenses


Ricardo Sousa participou do encontro franco-brasileiro nesta quarta-feira (13), em Macapá. Ricardo Sousa, de 51 anos, empresário do ramo de alimentos e energia solar em Macapá Victor Vidigal/G1 Aprofundar as relações comerciais entre Amapá e Guiana Francesa é o objetivo do 1º Fórum de Negócios Franco-Brasileiro, que reuniu nesta quarta-feira (13) empresários do Platô das Guianas em Macapá. O encontro aconteceu na sede do Sebrae, no bairro Laguinho, no Centro da cidade. Empreendedor do ramo de alimentos e energia solar, Ricardo Sousa, de 51 anos, entende o momento como uma oportunidade de ampliação da economia local. "É um novo mercado que se abre, com isso, consequentemente, a geração de mais empregos, de mais renda. E vice-versa. Também é a possibilidade das empresas francesas investirem no Amapá", afirmou Sousa. Além dos guianenses, participaram do encontro desta quarta profissionais de países como Martinica, Guadalupe e Antilhas Francesas. Na quinta-feira (14), os estrangeiros ainda visitam empreendimentos amapaenses. Jean-René Mathurin tem interesse na importação de frutas e farinha do Amapá Rede Amazônica/Reprodução Também do setor alimentício, o empresário guianense Jean-René Mathurin contou que tem interesse na importação de farinha, tapioca e frutos do Amapá. Segundo ele, o resultado seria a redução nos preços dos alimentos comercializados na colônia francesa. "90% do que nós consumimos na Guiana é importado da França e isso se torna caro. Se nós importarmos daqui do Brasil, se tornaria muito mais negócio para a população e para nós, empresários", disse Mathurin. O fórum procurou ensinar aos participantes o que a legislação de cada país exige nas exportações e importações. Para Waldeir Ribeiro, superintendente do Sebrae no Amapá, é importante que o empresário pense nos países vizinhos como uma porta de entrada no mercado europeu. "Nós temos que pensar a Guiana Francesa como um acesso ao mercado europeu. Esse é um mercado enorme e que depois que é acessado a mercadoria passar a ter um diferencial com um valor agregado muito maior", orientou Ribeiro. Waldeir Ribeiro palestra durante o 1º Fórum de Negócios Franco-Brasileiro Rede Amazônica/Reprodução Durante o evento houve ainda a apresentação de cada um dos negócios. Segmentos de logística, transporte, alimentação e energia foram representados. Com uma exportação baseada em commodities, a diversificação da economia local também é um dos objetivos do encontro. "Nossa exportação ainda é muito pequena. É basicamente de commodities. Ouro, ferro, açaí. Nós não exportamos o produto industrializado. E a intenção é que a gente comece também a trabalhar produtos que não sejam só matéria-prima", salientou Ribeiro. A primeira exportação entre Brasil e Guiana Francesa por meio da Ponte Binacional aconteceu em julho, após 8 anos da obra finalizada. Na ocasião, uma empresa nacional transportou produtos usados na construção de uma usina de biomassa na cidade guianense de Saint Georges. Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.

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