Acusado de matar e ocultar corpo de mulher às margens da BR-156 é condenado a 19 anos de prisão


Julgamento aconteceu nesta quarta-feira (13). Nagila Patrícia Santos passou mais de um mês desaparecida, até a ossada ser encontrada. Crime aconteceu em 2016. Wesley Santos Camelo, quando foi preso em 2016, pela morte e ocultação de cadáver de Nagila Patrícia Santos Reprodução/Rede Amazônica Wesley Santos Camelo, de 25 anos, foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pela morte e ocultação do corpo de Nagila Patrícia Santos, em 2016. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (13), na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá. A defesa recorreu da sentença ainda na sessão. A vítima foi vista viva pela última vez no dia 24 de março de 2016, na orla da capital, com amigos e ingerindo bebidas alcoólicas, segundo investigação da Polícia Civil. Em 8 de maio de 2016, mais de um mês depois, a ossada dela foi encontrada no quilômetro 25 da Rodovia BR-156, no trecho entre Laranjal do Jari e Macapá. Ossada de Nagila Patrícia Santos foi encontrada no dia 8 de maio de 2016 Reprodução/Rede Amazônica O julgamento iniciou às 9h, foram ouvidas quatro testemunhas, e encerrou às 18h, com o anúncio da sentença. Wesley foi condenado pelo crime de homicídio qualificado, com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e ainda por ocultação de cadáver. A defesa atuava pela tese de negativa de autoria, mas os jurados aceitaram a tese do Ministério Público (MP), autor da denúncia. Ao pronunciar a sentença, o juiz Luiz Nazareno Borges Hausseler decidiu que o condenado pode aguardar resultados dos recursos em liberdade. Investigação A jovem morava no Suriname e passava férias em Macapá. De acordo com a denúncia do MP, feita em janeiro de 2017, a vítima saiu para consumir bebida alcoólica com um primo e um amigo em comum, e, na madrugada de 24 de março de 2016, se encontrou com Wesley na orla da capital, com quem seguiu consumindo bebida alcoólica. A denúncia descreveu, com base no inquérito da Polícia Civil, que, ainda naquela madrugada, Nagila entrou no carro de Wesley, e juntos, foram até um posto de gasolina. Ele foi a última pessoa vista com ela. Wesley foi identificado ainda na época do crime, e teve a prisão preventiva decretada, mas atualmente responde ao processo solto. Para a polícia, ele estava atrapalhando as investigações. Não se sabe o que motivou o crime. Carro de Wesley Santos Camelo, que teria sido usado para ocultar o cadáver de Nagila Patrícia Santos, em 2016 Reprodução/Rede Amazônica A polícia também afirmou no inquérito que, após matar a vítima com uso de instrumento contundente, Wesley usou o próprio chip no celular da vítima, e deixou o aparelho no porta-malas do próprio carro. Na denúncia, o MP descreveu que, após matar a vítima, Wesley se encontrou com um primo, que inicialmente foi acusado de ajudar a ocultar o corpo de Nagila às margens da Rodovia BR-156. O primo, que era réu no processo, deixou de ser acusado em 2017 e testemunhou no julgamento desta quarta-feira. O veículo usado no crime para levar o corpo da vítima até a rodovia foi levado por Wesley para o Pará, onde foi vendido, assim como o celular da vítima. O aparelho foi encontrado pela polícia em Santarém. Aos policiais ele reconheceu que esteve com a vítima no dia do desaparecimento, mas disse que a deixou novamente na orla da cidade e foi para casa dormir. Ao ser indagado sobre o celular da vítima no próprio carro, ele disse que não sabia a quem pertencia o aparelho. Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.

from G1 https://ift.tt/376IfXt
via IFTTT