Representante de Guaidó diz que petróleo na costa brasileira pode ter vazado de navio que tentou burlar sanções a Maduro

María Teresa Belandria acusa o regime chavista de roubar os ganhos com o setor de petróleo obtidos pela Venezuela na última década.  María Teresa Belandria, representante no Brasil do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou nesta segunda-feira (21) que os vazamentos de petróleo na costa brasileira são culpa do "descaso da ditadura de Nicolás Maduro" com a produção petroleira no país. Ao G1, Belandria disse concordar com a versão de que o petróleo vazou provavelmente de um navio que tentou burlar as sanções impostas à Venezuela. Entretanto, ela disse que não há como apresentar provas. A representante de Guaidó nega que o material pudesse ter sido lançado diretamente do território venezuelano pela grande distância até o litoral do Nordeste.  "Não houve manchas na Guiana, no Suriname ou em Barbados", exemplificou Belandria ao G1. Para a embaixadora, o setor de petróleo na Venezuela retrocedeu 50 anos com a falta de investimentos por parte do regime chavista. "A Venezuela obteve US$ 1 tri na década passada. Onde está esse dinheiro?", questionou Belandria.  No início do mês, relatório da Petrobras concluiu que o petróleo que vazou nas praias brasileiras é uma mistura de óleos venezuelanos.  'Plano País' A embaixadora e outros aliados de Guaidó apresentaram em São Paulo nesta segunda-feira a cerca de 80 venezuelanos o "Plano País" - uma série de acordos e propostas para tentar reverter o cenário de colapso econômico na Venezuela. No início do evento, Juan Guaidó apareceu em um vídeo pré-gravado e disse: "É um plano para que voltem para casa". A iniciativa já foi apresentada à comunidade venezuelana na Argentina em agosto. Aliado de Guaidó admite demora O deputado Juan Andrés Mejía, aliado de Guaidó, reconheceu aos venezuelanos no Brasil que a mudança de governo na Venezuela está em marcha mais lenta do que o previsto. O parlamentar também participou do evento em São Paulo nesta segunda. "Lamentavelmente, isso está demorando mais do que queríamos", disse. Ainda assim, o parlamentar disse crer que Maduro deve cair nos próximos meses graças à pressão sobre o chavismo. "Maduro tem os dias contados no país. Tem pressão internacional, com o Tiar, pressão no Legislativo, pressão financeira, pressão nas ruas, pressão nos direitos humanos", apontou.

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