Governo acha suposto pai de menino guianense de 2 anos deixado pela mãe em praça no AC


Criança está no abrigo de Brasileia desde abril deste ano. Suposto pai chegou ao Acre neste sábado (13) para pedir a guarda do menino. Criança está no abrigo de Brasileia desde abril deste ano Arquivo pessoal A Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Política para as Mulheres acompanha o caso de um menino de 2 anos, natural da Guiana Francesa, que foi abandonado há mais de dois meses pela mãe, de 30 anos, também imigrante, em uma praça da cidade Brasileia, no interior do Acre. A criança está em um abrigo da cidade e, segundo o Conselho Tutelar, a última notícia da mãe foi de que ela estava no Peru. Um homem, que seria o pai do menino, foi localizado na Guiana Francesa e chegou ao Acre, neste sábado (13), para pedir a guarda do menino. Moradores do município acreano denunciaram por várias vezes os maus-tratos sofridos pelo menino. Conforme a secretaria, que foi acionada pela Polícia Militar, a mãe parecia desorientada e também chegou a ser levada para delegacia após fazer ameaças a moradores. A gestora de políticas públicas da Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Política para as Mulheres, Maria da Luz, contou que assim que conseguiram o contato do suposto pai, ficaram sabendo que, na verdade, a mãe da criança acabou pedindo que outro homem registrasse o menino, já que o pai não aceitou que ela levasse a criança embora. “Ele contou que teve um filho com ela, mas ainda não tinha reconhecido a paternidade, mas ela foi pedir permissão para vir com a criança e ele não permitiu. Como a criança ainda não tinha o reconhecimento dele, ela registrou com o nome de, segundo ele, outro homem para conseguir a autorização formal das autoridades. Ele procurou, mas não sabia por onde andavam, e foi quando fomos realmente entender a situação”, disse Maria. Suposto pai chegou ao Acre neste sábado (13) para pedir a guarda do menino Arquivo pessoal Comprovação da paternidade Desde que fizeram contato com o suposto pai da criança, tanto a secretaria como o Conselho Tutelar deram orientações sobre o que o homem teria que fazer para conseguir levar o menino. “Com o contato com o pai conseguimos organizar as informações e compreender o que estava acontecendo. Aí que ele começou uma batalha na Guiana Francesa para regularizar a situação da documentação e conseguir dinheiro também para vir buscar. Antes de ele chegar, já tínhamos dado todas as orientações e ele trouxe os documentos”, contou Maria. A conselheira tutelar Joana Bandeira, que acompanha a criança no abrigo, afirmou que o menino passa bem. “No início ela [a criança] era um pouco arredia, porque não tinha contato com outras crianças brasileiras. Era muito isolada, virava de costa, comia sozinha, mas, com todo esse tempo e também chegaram mais duas crianças haitianas, ele começou a brincar. É bem cuidado”, completou. Audiência para conseguir a guarda O suposto pai do menino deve passar por uma audiência em Brasileia na próxima semana, para apresentar a documentação e conseguir a guarda da criança. Segundo Maria, o homem vai para Brasileia neste sábado (13) e deve ser levado até o menino. “Como a criança está em um acolhimento institucional do estado, ele só pode levar com autorização judicial. Vai passar por esses trâmites legais. Mas, ele está pronto para audiência e para pegar a guarda do filho e sair do Brasil”, concluiu.

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