Brasil e França discutem acordos na fronteira para facilitar travessia da Ponte Binacional


Encontro transfronteiriço busca reduzir limitações na divisa entre o Amapá e a Guiana Francesa, única ligação terrestre entre Mercosul e União Europeia. Membros políticos, de segurança pública e técnicos dos dois países reunidos Marcelo Loureiro/Secom AP A quebra do contraste entre a travessia de franceses e brasileiros na divisa entre o Amapá e a Guiana Francesa está em discussão em Macapá, onde representantes políticos e sociais dos dois estados se encontram na 11ª Reunião Mista da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça. O principal ponto, além das questões econômicas e de combate à exploração ilegal, é a quebra dos entraves na passagem da Ponte Binacional, inaugurada em 2016 e que que liga as cidades de Oiapoque e Saint Georges. Atualmente os brasileiros só podem atravessar para o lado francês mediante pagamento de um seguro e taxas para veículos que podem chegar a R$ 700. Para entrada de franceses no Amapá pela mesma estrutura não há a exigência por parte do Governo Federal. Ponte binacional é a única ligação por terra do Amapá com outro território Divulgação/Préfecture de la Guyane O Amapá e o Ministério das Relações Exteriores anteciparam pedidos para a redução do valor e a flexibilização do tráfego para brasileiros, principalmente para assuntos econômicos. "Há uma grande assimetria há muito mais veículos franceses do que brasileiros. E as causas disso são as exigências da parte francesa, um seguro muito alto e a questão dos vistos que pode afetar a quantidade de brasileiros que podem efetivamente ingressar pela ponte", pontuou o diretor do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores, ministro Carlos Luiz Perez. Waldez Góes, governador do Amapá, e ministro Carlos Luiz Perez, diretor do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores Marcelo Loureiro/Secom AP Entre as alternativas propostas no encontro está a ampliação do horário de travessia na ponte, hoje feito em horário comercial. Para o governador do Amapá, Waldez Góes, a parceria entre os dois países pode se estender para outras áreas, além da econômica. "A nossa expectativa é de nós sermos hoje estado livre da febre aftosa. Os derivados de carne, de proteína de carne ganham destaque internacional e a partir do acordo que houve com a comunidade europeia com o Mercosul e o apoio da economia francesa com o Amapá seja muito próspera em relação a área comercial", detalhou Góes. A proposta de acordo bilateral também agrada aos franceses, que pretendem abrir ainda mais a fronteira com o Brasil pelo Amapá, defendendo interesses em comum. "A Guiana não deve ser direcionada apenas para a França, mas também para o seu parceiro Brasil", declarou Michel Miraillet, embaixador da França no Brasil. Michel Miraillet, embaixador da França no Brasil Marcelo Loureiro/Secom AP Sobre a cobrança de visto e seguro para a travessia na ponte, a França vê a liberação com cautela. Atualmente a emissão do documento é feita em Brasília, e a partir de setembro será realizada em Macapá. "A França fez tremendos esforços para facilitar o acesso de brasileiros, baixamos consideravelmente os preços dos seguros, agora não tem mais obrigação do seguro para um ano, agora é só para 15 dias. O contribuinte pode lamentar essa questão do seguro, mas é regra na França e na Europa", justificou Miraillet. Mesmo para moradores de Oiapoque só são fornecidas por semana 10 cartas transfronteiriças de entrada para Saint Georges. O documento permite 72 horas de permanência na cidade do departamento francês. A Comissão Mista segue reunida em Macapá até a quinta-feira (4) e, ao todo, cerca de dez temas serão abordados, entre eles saúde, educação, segurança, desenvolvimento econômico e questões migratórias. Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.

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